segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tempo de Revisão na Educação


Com o passar do tempo, as circunstâncias que abrangem todo o setor da educação têm motivado profundas reflexões. Certamente, as políticas de ensino contribuíram bastante para a situação atual de descompromisso e desrespeito. É preciso destacar que não se trata de uma generalização. Entretanto, a força dessas atitudes tem-se mostrado tão vigorosa que chegamos ao ponto de: crise no sistema de ensino, alunos alienados, professores desmotivados.

É bem verdade que avanços podem ser notados, como maior acesso às universidades, redução de repetência nas escolas. Porém, acerca dessas “melhorias”, questiona-se sobre a efetiva preocupação com aspectos qualitativos ou, meramente, quantitativos. Com base nos noticiários e, sobretudo, a partir de relatos próximos, é conhecimento disseminado que grande parte dos alunos das escolas públicas, em função, principalmente, da política de não retenção, apresenta-se de modo, absolutamente, desinteressado e, em muitos casos, agressivo, por considerar a escola como reduto de suas requisições. Nesse incômodo contexto, os professores são considerados os grandes vilões, pois, como agentes heroicos, devem, a qualquer custo, solucionar todos os problemas da humanidade, em especial dos alunos desavisados. Apagando este pensamento, é fundamental afirmar, confirmar e protocolar que essa tarefa não é apenas sua. Os pais, quase sempre esquecidos e isentados de qualquer culpa, são os protagonistas e, portanto, devem agir de forma a, simplesmente, cumprirem o papel que lhes cabe: educar os seus filhos. Ao passo que isto ocorre, as reais funções da escola podem ser trabalhadas: possibilitar o conhecimento e instaurar a tolerância.

Uma vez que professores e pais cumprem seus papéis, cabe ao Estado agir da mesma maneira, elaborando e executando políticas que visem à qualidade no ensino e, assim, desfaça a mentalidade estreita referente, exclusivamente, a indicadores percentuais.

Finalmente, nesse contexto marcado por ações, inicialmente paralelas, que buscam o bem coletivo, não resta ao aluno outra opção. Então, a partir desse cenário, o meio o corrompe para uma (con) vivência respeitosa, comprometida e satisfatória. Aliás, nada além daquilo que lhe é de direto e dever.

Na direção desses comentários, Alexandre Garcia, jornalista da TV Globo, no telejornal Bom Dia Brasil, de 12/02/11, apresenta, com propriedade, sua reflexão, o que pode ser visto no vídeo abaixo. 


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